O conceito de shifting, também conhecido como reality shifting ou mudança de realidade, tem ganhado popularidade na internet, despertando curiosidade e dividindo opiniões. Mas afinal, esse fenômeno é real? A ciência consegue explicar esse fenômeno ou ele pertence apenas ao campo das experiências subjetivas?
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O Que é Shifting?
É um suposto processo mental que permitiria a transição da consciência para uma realidade alternativa. Os praticantes afirmam conseguir acessar outras versões do universo, onde vivem experiências distintas daquelas da realidade física convencional.
O conceito de mudança de realidade é comumente associado a estados alterados de consciência, como sonhos lúcidos e projeção astral. Embora a ciência não reconheça oficialmente como um fenômeno comprovado, há explicações psicológicas que ajudam a compreender o que pode estar acontecendo.
A Relação com Estados Alterados da Mente
O shifting compartilha características com outros estados de consciência, como a hipnose, a meditação profunda e os sonhos lúcidos. Todos esses estados envolvem uma dissociação parcial da realidade física, levando o indivíduo a uma imersão em cenários mentais.
A neurociência sugere que o cérebro humano tem uma capacidade impressionante de criar realidades internas. Durante um sonho lúcido, por exemplo, a mente pode simular ambientes e eventos com alto grau de realismo, o que pode explicar a sensação de “transporte” experimentada por quem o pratica.
Como as Pessoas Relatam a Experiência?
Os relatos variam, mas muitos descrevem um processo que envolve técnicas específicas, como afirmações repetitivas, visualização detalhada e controle da respiração. Alguns acreditam que conseguem “acordar” em uma realidade diferente, vivenciando interações e acontecimentos que não poderiam ocorrer no mundo físico.
Outros associam a experiência a um estado profundo de imaginação guiada, onde a mente cria uma narrativa envolvente o suficiente para ser percebida como real. Isso levanta questões sobre o que diferencia uma experiência interna intensa de uma realidade alternativa autônoma.
O Que a Ciência?
Do ponto de vista científico, não há evidências concretas de que o shifting envolva a transição da consciência para outra realidade objetiva. No entanto, a psicologia cognitiva oferece explicações sobre os mecanismos por trás do fenômeno.
A dissociação, por exemplo, é um estado mental em que a pessoa se desconecta parcialmente do ambiente externo, favorecendo experiências subjetivas intensas. Além disso, estudos sobre sonhos lúcidos indicam que o cérebro pode criar sensações realistas sem a necessidade de uma transição física para outra dimensão.
A Influência do Subconsciente
O subconsciente desempenha um papel fundamental na percepção da realidade. Durante o shifting, muitos relatam que suas experiências são moldadas por crenças pessoais e expectativas. Isso sugere que a prática pode ser uma forma de autoexploração e manifestação de desejos profundos.
A teoria da visualização criativa, utilizada em técnicas de desenvolvimento pessoal, reforça a ideia de que o cérebro responde às imagens mentais como se fossem eventos reais. Isso explicaria por que algumas pessoas sentem que suas experiências de shifting são autênticas.
O Shifting Pode Ser Perigoso?
Tudo o que fazemos sem critério, por desconhecimento ou apenas por curiosidade pode ser perigoso, e o shifting não é uma exceção. O excesso de imersão pode dificultar a distinção entre a realidade objetiva e a subjetiva. Em casos extremos, algumas pessoas relatam sentimentos de desapego da vida cotidiana, o que pode impactar sua rotina e relações sociais.
Por isso, antes de tentar, estude tudo o que puder sobre o assunto. Compreenda detalhadamente suas causas, consequências e possibilidades, e reflita se essa experiência realmente faz sentido para você.
Como qualquer prática mental intensa, é importante manter um equilíbrio e garantir que o shifting seja utilizado como uma ferramenta de autoconhecimento e não como uma fuga da realidade. O conhecimento, a moderação e a reflexão sobre os objetivos da prática são essenciais para que qualquer prática mental seja benéfica.
Considerações Finais: O Shifting é Real?
A resposta para essa pergunta depende da perspectiva adotada. Se considerarmos a existência de realidades paralelas como algo cientificamente não comprovado, o shifting permanece no campo das experiências subjetivas.
No entanto, se analisarmos a capacidade do cérebro de criar percepções realistas, é possível afirmar que o fenômeno é, pelo menos, uma experiência psicológica válida.
Independentemente da interpretação, o interesse crescente pelo shifting reflete a curiosidade humana sobre os limites da consciência e a natureza da realidade. Se ele é uma porta para outras dimensões ou apenas um mergulho profundo na mente, a questão segue em aberto para aqueles que buscam explorar o desconhecido.